Os leitores de ecrã capturam a informação textual do monitor de forma a poder ser “entendida” por dispositivos de saída que interagem com o utilizador, essencialmente de duas formas: O “Sintetizador de fala”, quando se trata de voz, ou um “Terminal Braille”, quando se pretende que essa informação seja disponibilizada usando essa grafia.
Estes componentes de hardware convertem a informação em Braille, um conjunto de seis ou 8 pontos que recorrendo a um código próprio, permitem representar todos os caracteres utilizados na grafia normal.
Os sintetizadores de fala eram inicialmente constituídos por dispositivos de hardware, mas, atualmente são software que interpreta as informações dadas pelo leitor de ecrã e as converte em fala.
Em geral, quando são referidos os leitores de ecrã é ignorado o sintetizador porque este, embora seja uma aplicação independente (e geralmente de outro fabricante), vem incluído no leitor de ecrã.
Estas aplicações não se limitam apenas a ler a informação texto mas são capazes de fornecer ao utilizador informações adicionais sobre quantidade, estado, posição, dimensão, nome e cor dos objetos; tipos de letra e formatação; gráficos e imagens; tabelas, hiperligações, listas e cabeçalhos.
Em processamento de texto são capazes de indicar todos os parâmetros relativos à formatação de um texto; o tipo e tamanho da letra, o seu alinhamento, estilos, espaçamento, cor, etc.
Na Internet é possível descobrir links, tabelas, gráficos, imagens, listas numeradas, formatos de cabeçalho, cores, etc. Também a utilização normal do sistema operativo (Windows ou MacOs) está facilitada com os softwares de leitura de ecrã. Caixas de edição, caixas de lista, pastas, contagem de objetos, acesso às barras de menus, barras de ferramentas, são possíveis.
Todas estas indicações são feitas utilizando-se a síntese de voz ou a informação Braille. Em alguns casos podem ser utilizadas as duas opções simultaneamente.
Os leitores de ecrã apresentam muitas vantagens e potencialidades para os utilizadores que não veem. No entanto, existem algumas limitações como o facto de (ainda) não serem capazes de identificar o conteúdo de imagens. A leitura de uma imagem é apenas possível se a mesma apresentar o atributo de texto alternativo (“alt text”) com a sua descrição. Esta é, aliás, uma regra básica na produção de conteúdos acessíveis.
Além disso, é importante marcar corretamente cabeçalhos, tabelas, campos de formulário, etc porque é a esta estrutura semanticamente correta que o leitor de ecrã recorre para converter em Informação acessível.