Imaginem uma célula braille como sendo uma das partes de uma caixa de ovos disposta na vertical. Existem duas filas verticais compostas por 3 pontos cada.
Para entendermos melhor a disposição de cada ponto, vamos numerá-los de 1 a 3 na fila esquerda e 4 a 6 na direita. Imaginando que seria possível fazer sobressair cada ponto em separado, mantendo os restantes num plano raso, para escrever a letra A sobressairia o ponto 1. Para o B, os pontos 1 e 2. Para o C, 4 e 5, para o D, 1, 4 e 5 e assim sucessivamente.
Fácil? Nem tanto! As coisas ficam mais complicadas quando adicionamos os carateres acentuados: No Braille não é possível colocar pintinhas em cima da letra. Cada letra acentuada é replicada tantas vezes quanto os acentos existentes para ela. Por exemplo, para o A existem combinações de pontos diferentes para o Ã, Â, Á, À, etc.
Mas o que é fantástico no Braille é a capacidade de se reinventar e se adaptar às necessidades atuais, seja na música, Cubaritmo, informática, etc.
Este aparente “ovo de Colombo” que possibilita ler com os dedos, foi criado por Luís Braille há mais de 150 anos, continuando a ser a única forma de contato que os cegos têm com a escrita.
Discussão