Hans Asperger foi um psiquiatra austríaco que descreveu um grupo de crianças com dificuldades sociais e de comunicação em 1944. Denominou a condição de “psicopatia autística”, 1) que mais tarde seria conhecida como síndrome de Asperger.
A síndrome de Asperger foi reconhecida como uma “forma de autismo” no lançamento da 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) em 1992.
Desde a edição do DSM 5 de 2013, a síndrome de Asperger foi incorporada ao diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista e esse termo caiu em desuso.
A relação entre Hans Asperger e o nazismo foi ressaltada no livro “Crianças de Asperger: As origens do autismo na Viena nazista”, escrito pelo historiador Herwig Czech.
Segundo as suas pesquisas, Hans Asperger colaborou com o regime nazi, enviando crianças com deficiência intelectual e física para o centro de eutanásia de Am Spiegelgrund. Este campo de concentração realizava o assassinato sistemático destas crianças.
Após a publicação do livro, a reputação de Asperger foi intensamente abalada. se que sua colaboração com o regime nazi não foi um ato isolado, tendo sido motivado pelas suas crenças eugénicas.
Por esses motivos, o termo síndrome de Asperger não é mais recomendado para uso clínico em nenhuma situação. Embora a descrição original de Asperger tenha, indubitavelmente contribuído para a compreensão do autismo, a sua atuação no contexto nazista torna a síndrome um termo controverso e com conotações negativas.
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